Anvisa aprova Mounjaro para tratamento da obesidade no Brasil

Uma nova alternativa no combate à obesidade acaba de ser aprovada no país. A Anvisa ( Agência de Vigilância Sanitária) liberou o uso do Mounjaro da fabricante Lilly — nome comercial da tirzepatida — para o tratamento da obesidade em adultos, mesmo na ausência de diabetes.

Já conhecida no meio médico por seu uso no controle do diabetes tipo 2, a tirzepatida agora se mostra eficaz também no emagrecimento clínico, graças à sua ação no controle do apetite, saciedade e metabolismo.

Como o Mounjaro funciona?

A tirzepatida atua mimetizando dois hormônios produzidos naturalmente pelo intestino: o GLP-1 e o GIP. Esses hormônios ajudam a regular o açúcar no sangue, diminuir a fome e aumentar a sensação de saciedade. Na prática, a medicação atua no cérebro e no metabolismo, promovendo um novo padrão de controle do peso.

Quais foram os resultados?

O estudo internacional SURMOUNT-1, que incluiu pacientes com obesidade, demonstrou uma perda média de até 22,5% do peso corporal com a dose de 15 mg da tirzepatida ao longo de 72 semanas. Esse é, até agora, o maior resultado registrado com medicamentos injetáveis para obesidade.

Para quem o Mounjaro é indicado?

A Anvisa aprovou o Mounjaro para uso em:
• Pessoas com IMC ≥ 30 (obesidade)
• Ou IMC ≥ 27 quando há doenças associadas, como hipertensão, dislipidemia, resistência à insulina ou apneia do sono

O uso deve ser feito somente com prescrição médica e dentro de um plano terapêutico completo.

E os efeitos colaterais?

Os efeitos adversos mais comuns são:
• Náuseas
• Constipação
• Diarreia
• Refluxo
• Redução do apetite

Na maioria dos casos, os sintomas são leves e transitórios, especialmente com o ajuste gradual da dose sob supervisão médica.

Mounjaro: não é atalho, é tratamento

Importante destacar que o Mounjaro não deve ser usado para fins estéticos ou emagrecimento rápido. Trata-se de uma medicação para o tratamento crônico da obesidade, uma doença multifatorial que exige uma abordagem abrangente.

O uso do medicamento deve estar sempre associado a:
• Mudança de hábitos alimentares
• Atividade física regular
• Acompanhamento médico e multiprofissional

A aprovação representa um avanço importante no tratamento da obesidade, oferecendo uma ferramenta potente, mas que deve ser usada com responsabilidade e critério clínico.

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