Francisco Cuoco, que faleceu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, em São Paulo, não foi apenas um dos maiores galãs da teledramaturgia brasileira. Sua carreira também teve um desdobramento inusitado: a música.
Entre os anos 1970 e 1990, Cuoco se aventurou no universo fonográfico, deixando uma discografia singular que acompanhava o costume da época, em que atores populares das novelas também lançavam discos.
Sua estreia musical ocorreu em 1970, com um compacto que trazia “White Christmas”, de Irving Berlin, e “Amiga”, composta por Roberto Menescal e Paulinho Tapajós. Mas foi em 1975, no auge da fama como protagonista na televisão, que Cuoco lançou o álbum homônimo “Francisco Cuoco”.
O disco se destacou por apresentar a faixa “Momentos inesquecíveis”, uma composição inédita de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, interpretada em forma de declamação, característica marcante do trabalho.
O projeto musical seguiu com dois EPs extraídos do álbum em 1976, e mais um single em 1977, “Duas vidas” — título inspirado na novela da TV Globo em que contracenou com Betty Faria.
Nesse período, Cuoco não se arriscava como cantor, mas recitava letras adaptadas por nomes como Helio Matheus e Odair José, conferindo um tom dramático e romântico, típico do estilo que embalava os fãs de telenovelas da época.
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Capa do LP ‘Francisco Cuoco’, de 1975. Foto: Reprodução.



