No último domingo (1), coletivos feministas da Baixada Santista, e outras entidades, se reuniram em um ato contra o feminicídio, pedindo Justiça pelas mulheres assassinadas “só por serem mulheres”. Vítimas recentes em cidades do litoral de São Paulo foram citadas durante o protesto, em destaque para Amanda Fernandes Carvalho, assassinada pelo marido, sargento da Polícia Militar, em maio deste ano.
O ato aconteceu na Praça das Bandeiras, no bairro Gonzaga, em Santos, litoral paulista, e foi organizado pelo Coletivo Feminista Classista Antirracista Antilgbtfóbico Maria vai com as Outras, as Promotoras Legais Populares, a Frente pela Legalização do Aborto Baixada Santista (FLABS) e a Secretaria de Mulheres do Partido dos Trabalhadores.
Durante os protestos, as pessoas presentes destacaram a frase “a polícia não nos protege”, fazendo referência ainda ao caso de Amanda, onde a PM estava no local onde a mesma foi atingida por 51 facadas e três tiros. A conduta é investiga pela SSP (Secretaria de Segurança Pública).
“Nos últimos dias mais mulheres, e crianças que as acompanhavam, foram assassinadas – em Itanhaém e Mongaguá. A situação não é nova, em 2024, em São Paulo, capital, houve 1.177 casos de violência contra a mulher registrados – um aumento de 12,4% em relação a 2023. Dessas, 378 mulheres tinham de 18 a 39 anos. No Estado foram registrados 144 feminicídios, sendo 125 cometidos por parceiros ou ex-parceiros – continuam nos matando mesmo com medidas protetivas.”, explicou o coletivo que organizou o ato.
Ainda durante o convite feito à população para participarem do ato, as representantes destacaram: “Não espere que a violência chegue até você para reagir. Não podemos ficar caladas diante dessa violência. A polícia não nos protege. Nossas vidas importam.”



