Laudo conclui que sargento da PM matou mulher dentro de clínica em Santos com 51 facadas e 3 tiros

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O laudo do IML (Instituto Médico Legal) concluiu que o sargento da Polícia Militar, Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, matou a própria mulher com 51 facadas e três tiros, dentro de uma clínica médica, na cidade de Santos, litoral paulista. Na data dos fatos, o homem também acabou atingindo sua filha, de 10 anos, que precisou ficar internada mas recebeu alta hospitalar posteriormente.

O crime aconteceu no dia 7 de maio, na Avenida Senador Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Segundo registros da Polícia Civil, o homem compareceu ao local assim que soube da presença da mulher e da filha. Inicialmente, o casal teria discutido verbalmente, e o médico teria os separado, pedindo para que o PM se retirasse do estabelecimento. No entanto, posteriormente, o sargento conseguiu entrar no local e cometer o feminicídio com a presença de agentes da Polícia Militar.

A maioria das facadas proferidas em Amanda Fernandes Carvalho, atingiram o lado direito de seu corpo, desde a coxa até a face, aponta o laudo necroscópico. Outra questão levantada é que os tiros teriam sido disparados à distância.

O médico legista concluiu que a vítima sofreu “morte violenta, decorrente de anemia aguda por hemorragia interna traumática, em consequência dos ferimentos”.

Nesta quinta-feira (22), Samir, que está detido no Presídio da Polícia Militar Romão Gomes, na capital paulista, deve ser transferido para Santos para participar da reconstituição do crime.

Desde que foi detido, o sargento se encontra inativo temporariamente, sem direito a salário, além do tempo de serviço não ser contabilizado. A filha do casal, que foi atingida por disparos feitos por Samir na data dos fatos, ficou internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas na última terça-feira (13) recebeu alta hospitalar.

O crime

A mulher e a criança ficaram trancadas com o médico dentro de uma sala, enquanto a Polícia Militar era acionada. Com a chegada da equipe, o homem, que estava na rua, teria mostrado que não estava armado e entrou novamente com os agentes no estabelecimento.

Quando o médico abriu a porta da sala onde a mulher e a criança estavam, o policial – que estava de folga -, teria pego a arma de fogo novamente que teria ficado escondida em outra sala, e por trás da equipe da PM, disparou contra as vítimas. Na sequência, o homem ainda teria esfaqueado a companheira.

Conduta de agentes é investigada pela SSP

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que foi instaurado um inquérito policial para apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender a ocorrência.

De acordo com a pasta, “na ocasião, os policiais foram acionados via Copom para atender uma ocorrência de desinteligência no local. Quando chegaram as vítimas estavam trancadas em um consultório e o autor, um policial militar de folga, do lado de fora. De acordo com as informações prestadas no boletim de ocorrência, após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. O autor entrou e atirou na mulher e na filha, sendo preso na sequência e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes.”.

Há, no entanto, a informação de que o homem teria pego a arma de fogo novamente que teria ficado escondida em outra sala, e por trás da equipe, disparou contra as vítimas. Na sequência, o homem ainda teria esfaqueado a companheira. Este detalhe, não foi confirmado pela pasta.

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