Felicidade com os pets – Por Eduardo Filetti

Eduardo Filetti
Eduardo Filetti
Eduardo Ribeiro Filetti é médico veterinário e professor universitário, pós graduado em Clínica Veterinária de pequenos animais, além de mestre em Saúde Pública, É membro da Academia de Letras de Santos e especialista em Saúde Pública.
Créditos: Reprodução

É inegável que ter um animal de estimação em casa traz muita alegria para a família toda, afinal, eles ajudam a diminuir o estresse e a ansiedade, entre muitos outros benefícios. Mas, para isso, é preciso considerar uma série de fatores, antes de adotar um pet.

Com a chegada das férias, por exemplo, o número de casos de abandono cresce 70% no Brasil, o que demonstra a falta de preparo das pessoas no momento da adoção.

“Antes de levar um animal para casa, é preciso analisar se, de fato, a pessoa está disposta a assumir um compromisso tão sério e por muito tempo. Cães e gatos vivem mais de uma década, são muitos anos de dedicação com alimentação, cuidados com a saúde, banhos e passeios, que devem fazer parte da rotina dos pets”, comenta Paulo Eduardo Costa , criador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente.

Se a decisão for ter um bichinho de estimação, o próximo passo é analisar que raça ou porte é mais adequado ao estilo de vida de cada tutor ou família, considerando também o espaço disponível.

Confira essas dicas:

1) O perfil do pet: 

São diferentes tamanhos, pesos, temperamentos, necessidades e peculiaridades entre os pets. O rusky siberiano é muito sensível ao calor, o buldogue inglês é propenso à obesidade e o gato persa demanda maior atenção com a pelagem, por exemplo.

Os gatos são mais independentes e podem ficar sozinhos por mais tempo – em caso de ausência do tutor por longos períodos, o ideal é ter mais de um gato em casa. Já os cães precisam da presença dos tutores com mais frequência.

Os filhotes demandam mais tempo e dedicação para serem educados, enquanto os adultos já têm um comportamento estabelecido devido à maturidade, o que é favorável aos tutores que não têm muita disponibilidade. É necessário também ter um espaço adequado para cada porte de animal.

2) Passeios: 

Outro aspecto a ser analisado é se o tutor está disposto e tem tempo para os passeios, ou se pode pagar por um profissional que faça isso periodicamente. Todo cão precisa de caminhadas para ter uma boa saúde física e psicológica, e algumas raças ainda exigem exercícios mais intensos e frequentes.

3) Viagens: 

É necessário avaliar se as viagens são constantes e se o tutor pode levar junto seu companheiro ou tem um lugar de confiança para deixá-lo, como a casa de parentes e amigos. Uma boa opção são hotéis específicos para pets, mas deve-se considerar o custo da hospedagem.

4) Todos de acordo: 

É fundamental que, na família, todos tenham o desejo de receber um animal em casa, para evitar desentendimentos, maus tratos ou abandono do bichinho.

5) Investimento: 

Além de carinho, os pets exigem alimentação, cama, banhos, vacinas e consultas no veterinário – em muitos casos, problemas de saúde levam a tratamentos longos com o uso de medicamentos e até cirurgias.

Ter um animal de estimação é assumir a responsabilidade de cuidar de mais uma vida, dedicando tempo, amor e investimento. Então, faça uma boa reflexão antes de levar um bichinho para casa e contribua para uma guarda responsável.

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