A família de Bruno Rodrigues Magalhães, de 34 anos, morador do Rio de Janeiro, que desapareceu enquanto realizava um camping na Praia do Sangava, em Guarujá, litoral paulista, recebeu a confirmação do IML (Instituto Médico Legal) de Praia Grande, de que o corpo carbonizado encontrado por eles durante as buscas trata-se do turista.
Bruno desapareceu no dia 14 de março, quando fez o último contato com a família. O Corpo de Bombeiros iniciou as buscas no dia 20 daquele mês, e a família e amigos também contribuíram nos trabalhos. Durante as investigações do caso, o boletim de ocorrência de uma mulher, de 25 anos, que havia sido vítima de um assalto na mesma trilha no dia 16, indicaram que o turista poderia ter sido baleado por criminosos.
A confirmação do exame de DNA do cadáver encontrado carbonizado, saiu na terça-feira (25). A família do carioca virá à Baixada Santista na sexta-feira (27), para tratar da liberação do corpo e do translado para o Rio de Janeiro.
Relembre o caso
Bruno pegou um avião do Rio de Janeiro para São Paulo, em 5 de março e seguiu à Baixada Santista, onde permaneceu em um quarto de hotel. No dia 13 daquele mês, ele avisou à mãe que faria um camping selvagem na Praia do Góes, e por este motivo, ficaria sem celular durante um dia visto que não teria onde carregar o aparelho.
O último contato que fez com a família foi por volta das 16h37 no dia 14. Dias após sua ida, um pescador que passava pelo local, avistou a cabana de Bruno em um trecho de mata, e ao se aproximar, encontrou os pertences do rapaz, como carteira, dinheiro, cartões e documentos pessoais. Apenas o celular e a vítima não foram localizadas.
Segundo o irmão de Bruno, Marcelo Rodrigues Magalhães, o turista estava acostumado a fazer trilhas, acampar, estar em contato com a natureza, e fazer atividades do tipo sozinho. Além disso, nunca ficou sem falar com a mãe durante tanto tempo.
Marcelo acreditava que o irmão pudesse estar perdido na área de mata, que tivesse sofrido algum acidente ou que tivesse sido vítima de algum crime. A área é considerada perigosa por conta do tráfico de drogas e criminalidade.
O Corpo de Bombeiros realizou buscas durante três dias seguidos (20, 21 e 22) em todas as áreas possíveis de desaparecimento, esgotando todas as possibilidades de encontrar o desaparecido. Por este motivo, as buscas foram suspensas até que surgissem novos fatos ou informações de relevância que pudessem levar até o encontro da vítima.
O caso foi registrado como desaparecimento de pessoa e foi encaminhado ao 1° Distrito Policial (DP) de Guarujá, onde é investigado.
Mulher assaltada na mesma trilha
Uma jovem, de 25 anos, moradora de São Paulo, veio à Baixada Santista no dia 16 de março. Ela passou o dia na Praia do Sangava, e durante trilha de retorno em direção à Praia do Góes, foi abordada por uma quadrilha.
Os bandidos levaram seu celular, cartões bancários com senhas, R$ 60 em espécie e até o vale-refeição. Eles ainda teriam vasculhado seu aparelho e feito transferências de R$ 900.
Em seguida, os criminosos atravessaram de barco para Santos junto com a mulher, onde a obrigaram a pegar um ônibus intermunicipal com eles. Em determinado ponto da Avenida Padre Manoel da Nóbrega, no bairro Itararé, em São Vicente, os homens ordenaram que a vítima descesse do veículo e seguiram viagem.
A mulher registrou o caso na Delegacia Sede da cidade onde foi deixada. A Polícia Civil não confirmou se há uma relação entre os casos.
Durante os relatos dos fatos, a mulher informou que viu um homem careca, branco e alto também ser assaltado. As características físicas batiam com as de Bruno. Ela afirmou que este homem citado por ela, teria sido baleado na coxa esquerda, após reagir à ação dos criminosos, que pediram sua corrente e pulseira de ouro.