Menino de 13 anos agredido na escola em Praia Grande morreu por broncopneumonia segundo IML; Diretor teria negligenciado primeira agressão

Na última terça-feira (16), Carlos Teixeira, de 13 anos, morreu após ter estado de saúde agravado por lesões sofridas em agressão que foi vítima dentro da escola em que estudava, em Praia Grande, litoral paulista.

O caso repercutiu desde o lamentável ocorrido, pois o garoto vinha sofrendo bullying de colegas de classe, e já teria sido agredido anteriormente. A última vez, que desencadeou fortes dores nas costas, dificuldade de respirar, calafrio e febre alta, levando ao óbito, aconteceu no dia 9 de abril. Dois garotos teriam pulado nas costas de Carlos.

A família do menino o levou diversas vezes ao Pronto Socorro de Praia Grande, mas os profissionais que o atendiam apenas o medicavam e o liberavam. Foi quando os pais decidiram leva-lo à UPA Central de Santos, onde ele foi imediatamente internado e entubado, e posteriormente transferido à Santa Casa de Santos, vindo à falecer no mesmo dia.

O IML (Instituto Médico Legal) emitiu a declaração de óbito de Carlos Teixeira nesta quinta-feira (18), que apontou a causa da morte: broncopneumonia bilateral (inflamação nos pulmões). O atestado de óbito ainda não foi emitido, e o enterro do garoto ainda não foi divulgado pela família, porém, não haverá velório conforme vontade da mãe.

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Em entrevista exclusiva no ‘Brasil Urgente’, apresentado por José Luiz Datena, na Tv Thathi Band Litoral, na tarde de ontem (18), o pai de Carlos, Julisses Názara, comentou sobre o ocorrido. Ao saber da primeira agressão, que aconteceu no dia 19 de março (vídeo abaixo), o responsável foi procurar a direção da Escola Estadual Júlio Pardo Couto. Porém, a subdiretora da unidade de ensino alegou que Carlos teria caído da escada. O menino a desmentiu na frente de todos, e confirmou ter sido agredido por três alunos. As imagens também provam a agressão.

Julisses também solicitou uma reunião com outros pais na escola, e por três vezes teve seu pedido recusado pela instituição. Ao pedir providências, o diretor teria dito ao pai que ‘eles eram crianças e eles se entendiam’.

Ainda segundo o pai, foi após essa primeira agressão que o menino mudou seu comportamento. “Depois do dia 19, ele que sempre foi um menino alegre, sempre chegava triste. Ele tinha medo de falar pra mim por causa da minha reação. Aí dia 9 de abril aconteceu de novo.” declarou Julisses.

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O pai de Carlos ainda confirmou ao Datena que o garoto não tinha qualquer problema de saúde anterior, nem mesmo de coluna como o médico que o atendeu em Praia Grande teria alegado. Não houve confirmação também sobre o menino ter tido fratura de costela, mas Julisses afirma que foi após a agressão do dia 9 que Carlos apareceu com a coluna ‘torta’.

O caso vem sendo apurado pela Polícia Civil, e foi registrado como morte suspeita. Alunos e pais se reuniram durante uma manifestação na tarde desta quinta-feira (18), e acusam a escola de omissão. “Eu quero agradecer à todas as mães, que os filhos sofreram bullying, e foram na frente da escola protestar pelo meu filho”, finalizou Julisses.

Os manifestantes, porém, foram dispersados pela Guarda Municipal de Praia Grande, como foi publicado nas redes sociais.

Créditos: Boca no Trombone Praia Grande / Instagram

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