O sargento da Polícia Militar, Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, que matou a própria mulher a tiros e facadas, dentro de uma clínica médica, na cidade de Santos, litoral paulista, deve participar da reconstituição do crime nesta semana.
O crime aconteceu no dia 7 de maio, na Avenida Senador Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Segundo registros da Polícia Civil, o homem compareceu ao local assim que soube da presença da mulher e da filha. Inicialmente, o casal teria discutido verbalmente, e o médico teria os separado, pedindo para que o PM se retirasse do estabelecimento. No entanto, posteriormente, o sargento conseguiu entrar no local e cometer o feminicídio.
Samir, que está detido no Presídio da Polícia Militar Romão Gomes, na capital paulista, deve ser transferido para Santos nesta semana para participar da reconstituição do crime, que acontecerá na quinta-feira (22), às 10h. O inquérito policial foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, que conduz as investigações.
Desde que foi detido, o sargento se encontra inativo temporariamente, sem direito a salário, além do tempo de serviço não ser contabilizado. A filha do casal, que foi atingida por disparos feitos por Samir na data dos fatos, ficou internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas na última terça-feira (13) recebeu alta hospitalar.
O crime
A mulher e a criança ficaram trancadas com o médico dentro de uma sala, enquanto a Polícia Militar era acionada. Com a chegada da equipe, o homem, que estava na rua, teria mostrado que não estava armado e entrou novamente com os agentes no estabelecimento.
Quando o médico abriu a porta da sala onde a mulher e a criança estavam, o policial – que estava de folga -, teria pego a arma de fogo novamente que teria ficado escondida em outra sala, e por trás da equipe da PM, disparou contra as vítimas. Na sequência, o homem ainda teria esfaqueado a companheira.
Conduta de agentes é investigada pela SSP
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que foi instaurado um inquérito policial para apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender a ocorrência.
De acordo com a pasta, “na ocasião, os policiais foram acionados via Copom para atender uma ocorrência de desinteligência no local. Quando chegaram as vítimas estavam trancadas em um consultório e o autor, um policial militar de folga, do lado de fora. De acordo com as informações prestadas no boletim de ocorrência, após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. O autor entrou e atirou na mulher e na filha, sendo preso na sequência e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes.”.
Há, no entanto, a informação de que o homem teria pego a arma de fogo novamente que teria ficado escondida em outra sala, e por trás da equipe, disparou contra as vítimas. Na sequência, o homem ainda teria esfaqueado a companheira. Este detalhe, não foi confirmado pela pasta.



