Servidores públicos de Praia Grande iniciaram na última sexta-feira (21), uma greve após a administração municipal não apresentar proposta de reajuste salarial para a categoria. Nesta segunda-feira (24), o segundo dia da manifestação acontece em frente ao Paço Municipal. A administração municipal segue dizendo que está respeitando os prazos.
Em um vídeo, o presidente do sindicato, Adriano Pixoxó, se pronunciou dizendo que até o momento, a prefeitura não apresentou propostas. “Vamos nos manter focados, parados”, comentou ele.
Nesta terça-feira (25), às 14 horas, está marcada uma audiência no Núcleo de Dissídio Coletivo no Tribunal de Justiça para uma negocição e desde as 10h, os trabalhadores estarão se manifestando em frente à prefeitura, no terceiro dia de paralisação.
No dia 11 de março, os servidores públicos já haviam se reunido em frente ao Paço Municipal, pedindo pelo reajuste salarial, visto que a data base é em janeiro, e até o momento o Sindicato dos Trabalhadores Municipais não havia recebido proposta oficial. Em reunião entre o presidente da categoria Adriano Pixoxó, secretários municipais, e o prefeito Alberto Mourão, ficou acertado que uma proposta seria apresentada no dia 14, para ser discutida em assembleia na última segunda-feira (17). A categoria, porém, foi surpreendida com um valor de zero reajuste salarial apresentado pela administração municipal por meio de um ofício, e desde então, a greve foi instaurada.
O que diz a prefeitura sobre a greve desta segunda-feira (24):
A Prefeitura de Praia Grande informa que a revisão geral dos servidores sempre ocorreu na mesma data e a Administração Municipal segue respeitando os prazos. E mais uma vez, a Prefeitura desmente os boatos de que não haverá reajuste neste e nos próximos dois anos que seguem.
A Prefeitura respeita o direito à greve e também respeita o direito do cidadão de acesso e utilização aos serviços púbicos, tanto que para evitar que a paralisação prejudicasse a rotina dos moradores com interrupções dos serviços, recorreu à Justiça para solicitar a manutenção dos serviços públicos ofertados no Município. A determinação do TJ é para que haja 70% dos servidores em atividade, evitando-se o colapso da prestação de serviços públicos, especialmente com relação aos essenciais de saúde, educação, trânsito e segurança e a Prefeitura segue apurando a falta de cumprimento desta determinação. Na última sexta-feira, 21/03, este número não foi respeitado em setores específicos, como entre os funcionários da Secretaria de Educação.
Nesta segunda-feira, dia 24/03, o impacto maior desta paralização ocorre novamente na área de Educação, em que algumas escolas estão dispensando os alunos de tempo integral por falta de profissionais, em especial na área da cozinha. E foi notado também que muitos pais e responsáveis optaram por não levar as crianças para as unidades. A Secretaria de Educação segue atuando para organizar as equipes da melhor forma possível.
Nas demais áreas da Administração Municipal, como saúde, zeladoria pública, entre outras, os atendimentos seguem sendo realizados. A Prefeitura afirma ainda que segue apurando a situação e cumprimento da determinação da justiça.