Servidores públicos de Praia Grande iniciaram no começo da manhã desta sexta-feira (21), uma greve, na entrada da cidade, após a administração municipal não apresentar proposta de reajuste salarial para a categoria. Com placas com dizeres “Não vai ter arrego, ou dá nosso aumento ou tiramos seu sossego”, os trabalhadores se manifestam contra a decisão da prefeitura.
No dia 11 de março, os servidores públicos já haviam se reunido em frente ao Paço Municipal, pedindo pelo reajuste salarial, visto que a data base é em janeiro, e até o momento o Sindicato dos Trabalhadores Municipais não havia recebido proposta oficial. Em reunião entre o presidente da categoria Adriano Pixoxó, secretários municipais, e o prefeito Alberto Mourão, ficou acertado que uma proposta seria apresentada no dia 14, para ser discutida em assembleia na última segunda-feira (17).
A categoria, porém, foi surpreendida com um valor de zero reajuste salarial apresentado pela administração municipal por meio de um ofício, e os presentes na reunião votaram a favor da deflagração da greve para esta sexta-feira (21).
De acordo com o advogado do sindicato, Sérgio Boscayno, o documento da Prefeitura de Praia Grande deixa claro que o prefeito Alberto Mourão, não pretende reajustar o salário dos servidores neste exercício vigente, bem como nos próximos dois.
De acordo com a diretoria do sindicato, a greve não tem prazo para o término. A Justiça já definiu a data para a negociação, que acontecerá no próximo dia 25, terça-feira.
No local, além de gritarem por seus direitos, os trabalhadores também se uniram para arrecadarem alimentos não perecíveis, que serão distribuídos para aposentados e pensionistas. Estes também vêm enfrentando problemas referente a falta de correção do valor do cartão-alimentação para os que ganham um salário mínimo.
A Equipe do TH+ entrou em contato com a Prefeitura de Praia Grande sobre qual seria o posicionamento atual referente ao assunto com o início das manifestações, e a pasta se pronunciou em nota:
“A revisão geral dos servidores sempre ocorreu na mesma data e a Prefeitura está respeitando os prazos. A Administração Municipal mais uma vez desmente os boatos de que não haverá reajuste neste e nos próximos dois anos que seguem. A Prefeitura respeita o direito à greve e também respeita o direito do cidadão de acesso e utilização aos serviços púbicos, tanto que para evitar que a paralisação prejudicasse a rotina dos moradores com interrupções dos serviços, recorreu à Justiça para solicitar a manutenção dos serviços públicos ofertados no Município. A determinação do TJ é para que haja 70% dos servidores em atividade, evitando-se o colapso da prestação de serviços públicos, especialmente com relação aos essenciais de saúde, educação, trânsito e segurança e a Prefeitura está apurando a falta de cumprimento desta determinação. O impacto maior ocorre na área da educação, em que algumas escolas estão dispensando os alunos de tempo integral por falta de profissionais na cozinha; e na saúde, no Centro Especializado em Reabilitação (CER) com ausência de alguns profissionais e remarcação de atendimento. A Prefeitura segue apurando a situação e cumprimento da determinação da justiça.”