Bruno Eustáquio Vieira, jovem que estava foragido por ter assassinado a própria mãe, Márcia Lanzane, na cidade de Guarujá, litoral paulista, em dezembro de 2020, foi localizado e preso na segunda-feira (8), em Belo Horizonte. Uma das tias do acusado comemorou a prisão nas redes sociais, dizendo estar devolvendo o presente de aniversário adiantado.
A mulher se referiu ao dia em que sua irmã foi morta, dia 21 de dezembro, mesma data de seu aniversário. Bruno completará 27 anos em 22 de julho.
Segundo informações, os familiares da vítima foram os responsáveis por avisarem a polícia do paradeiro do foragido. As duas tias descobriram que o rapaz estava com a namorada em Belo Horizonte, por meio de uma publicação da menina no TikTok.
No domingo (7), portanto, as irmãs de Márcia pegaram estrada e foram até a capital mineira. Lá, compareceram aos estabelecimentos que seguiam a namorada do acusado na rede social. Em cada local, elas apresentavam fotos de Bruno, que era conhecido na região como Felipe. Dessa forma, descobriram o endereço onde o foragido estava morando.
Com uma cópia do mandado de prisão contra ele, a polícia foi acionada pelas irmãs. Os agentes ficaram de campana em uma rua, e as tias de Bruno em outra. Quando o avistaram, buzinaram para os policiais. O procurado tentou fugir, mas não conseguiu e foi preso.
Relembre o caso
Em imagens do circuito interno da residência, é possível ver o jovem e Márcia em luta corporal. Eles chegam a cair no chão, e Bruno fica em cima dela, a prendendo pelo pescoço e dando socos contra a mãe.
Quando percebeu que a mulher ficou imóvel, o jovem saiu do quarto e foi para a sala assistir televisão. No dia seguinte, o filho chegou a sair de casa, e ao retornar, acionou a polícia dizendo ter encontrado a mãe morta.
A Polícia Civil considerou Bruno como o principal suspeito, após ser constatado que a morte aconteceu muitas horas antes do acionamento da corporação. Questionado, o jovem confessou e disse ter sido uma morte acidental, que durante a discussão empurrou Márcia, e ela caiu e bateu a cabeça, vindo à óbito.
Os laudos da morte, porém, constataram fratura no pescoço e sinais de esganadura. O inquérito policial foi finalizado em 31 de maio de 2021, e encaminhado à Justiça. Pouco tempo depois, a prisão temporária de Bruno foi determinada. O caso foi investigado pela Delegacia Sede de Guarujá.
Em janeiro deste ano, foi decidido pela 1ª Vara Criminal de Guarujá, que ele deverá ser julgado pelo tribunal do júri, e que não poderá aguardar em liberdade. Na época dos fatos, o suspeito tinha 23 anos de idade, e a mãe, 44. Desde o decreto da prisão temporária de Bruno, ele estava foragido.