Vice-diretora e aluno que agrediu o menino de 13 anos na escola de Praia Grande são ouvidos pela polícia; ‘banheiro da morte’ era usado para ações violentas

A morte do menino Carlos Teixeira, de 13 anos, vem repercutindo em todo o país, após ele ser fortemente agredido na escola, no dia 9 de abril, e posteriormente ter sua saúde agravada, o que o levou à óbito.

A Polícia Civil vem investigando o caso, e pessoas importantes foram ouvidas nos últimos dias: Julisses Fleming, pai da vítima, a vice-diretora da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, e um aluno da mesma unidade.

Os policiais, porém, aguardam o laudo da perícia para definir a linha de investigação. Na terça-feira (23), a primeira a prestar depoimento foi a vice-diretora da escola, que compareceu ao 1° Distrito Policial de Praia Grande. Segundo a polícia as declarações dela pouco acrescentaram para o caso.

No dia 19 de março, Carlos já havia sido agredido por ‘colegas’ de classe. Um desses meninos também foi ouvido pelos agentes. Ele afirmou que não conhece o aluno da agressão do dia 9 de abril, a última antes da morte da vítima.

O depoimento de Julisses, pai de Carlos, foi o que mais agregou para as investigações, segundo a polícia. Todos os acontecimentos foram bem detalhados, desde o dia 19 de março, que teria sido a primeira agressão sofrida pelo menino, até o dia da morte. O pai relatou também sobre o ‘banheiro da morte’, como o cômodo foi apelidado por um grupo de meninos da escola, onde a ação aconteceu.

O nome dos possíveis agressores também foi informado à polícia por Julisses, além de descrever todos os atendimentos nas unidades de saúde em que passaram com Carlos. O diretor da unidade de ensino, bem como os professores também deverão ser ouvidos nos próximos dias.

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), representado pelo Conselheiro Dimas Ramalho, também notificou a Prefeitura de Praia Grande, por meio de um despacho, para prestar esclarecimentos.

Foram solicitados: a relação de quais UPAs de Praia Grande Carlos foi atendido, os nomes dos profissionais que o atenderam, o registro dos atendimentos, bem como quais procedimentos foram realizados. 

A causa da morte do menino foi registrada pelo IML (Instituto Médico Legal) como ‘broncopneumonia bilateral (inflamação nos pulmões). O atestado de óbito ainda não foi emitido e pode demorar de 30 a 90 dias para ficar pronto.

Após a repercussão do caso, a mãe de outro aluno da mesma escola de Carlos, afirmou que seu filho também teria sido agredido por um grupo de 7 meninos. Segundo ela, o garoto foi espancado com tapas e pontapés, e ficou com hematomas e arranhões pelo corpo após o ocorrido. A ação aconteceu dentro do banheiro.

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