Israel Moreira: a derrota da Ponte Preta para o Goiás retrata a confusão que o clube se encontra

Israel Moreira
Israel Moreira
Israel Moreira é jornalista com passagens pelo Correio Popular, Rádio Central e Jovem Pan.
Foto: Afonso Cardoso
Foto: Afonso Cardoso

A derrota por 3 a 0 para o Goiás na noite deste domingo, 28, expressou o que é a Ponte Preta neste momento: está claro que, emocionalmente, falta controle do treinador e dos atletas.

Com isso, reforça a tese da necessidade de se contratar um diretor, um executivo, homem forte, ou qualquer raio de nome que seja. Mas é ‘para ontem’ a urgência de se ter um profissional que saiba gerir fora de campo um clube confuso dentro dele.

Na partida de domingo, Brigatti retornou à formação com três zagueiros, deixou o Elvis como opção entre os reservas para a entrada de Dodô, e Jeh voltou a ser o titular da camisa 9, mesmo após toda polêmica sobre o não acerto com o Santos no fim da janela de transferências.

Os três zagueiros não funcionaram. Foram dois gols sofridos de cabeça, em jogadas óbvias de mal posicionamento de marcação dos defensores. Dodô em nada acrescentou ao substituir Elvis.

Já no ataque, a opção de Jeh como titular foi uma surpresa, pelo menos para este que vos escreve. Contornar a situação fora de campo, tendo um atleta insatisfeito, que queria ter se transferido de clube, não se resolve de maneira tão fácil.

O centroavante pontepretano, que substituiu Gabriel Novaes, gripado, perdeu um pênalti, levou cartão amarelo por uma falta desnecessária no goleiro Tadeu e foi substituído antes dos 30 minutos da primeira etapa.

E são nessas horas que se espera do clube um profissional, acostumado a gerir crises, que consiga tirar o máximo de proveito desta situação. Como? Auxiliar o atleta na recondução ao time, estar ao lado do treinador para dar satisfação ao torcedor, ouvir e compreender as necessidades dos outros atletas do elenco. O que não pode é somente o técnico ficar com essa responsabilidade.
 
Brigatti pode não ser o comandante ideal neste momento, ainda confuso com algumas decisões táticas e técnicas, mas a diretoria executiva de futebol da Ponte Preta precisa tomar as “rédeas do jogo”. Ter um representante profissional e capaz, que possa ser, de fato, o elo entre o gramado e fora dele.

Vamos para a terceira rodada da Série B. A Macaca tem o Amazonas pela frente na próxima segunda-feira, 6, sendo que o clube precisa traçar o seu objetivo em linhas retas, com responsabilidade e profissionalismo. Ou daqui a pouco, estaremos no avançar do segundo turno da competição, correndo contra o tempo e, mais uma vez, lutando contra o rebaixamento.

As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do THMais Campinas

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