Colesterol alto: como reduzir de forma eficaz e personalizada

Ao receber o diagnóstico de colesterol elevado após um exame de rotina, o personagem fictício José representa milhares de brasileiros que, mesmo atentos à saúde, se deparam com esse problema silencioso e perigoso. Mais do que uma questão estética, o colesterol em desequilíbrio está entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.

“O colesterol é essencial para o funcionamento do organismo, mas seus níveis devem estar equilibrados. O excesso de LDL, o chamado ‘colesterol ruim’, pode comprometer seriamente a saúde do coração”, explica o cardiologista Dr. Rodrigo A. Souza, médico assistente do Hospital do Coração do Pará e membro da Brazil Health.

Alimentação e exercício: a base do tratamento

A primeira recomendação para controlar o colesterol é investir em um plano alimentar balanceado, rico em fibras e com baixo teor de gorduras saturadas. Alimentos como aveia, frutas, legumes e sementes agem como “vassouras” que ajudam a eliminar o excesso de colesterol do organismo. Ao mesmo tempo, é fundamental evitar carnes processadas, frituras e alimentos industrializados, que contribuem para o acúmulo de gordura nas artérias.

“O azeite de oliva extravirgem, o abacate e os peixes ricos em ômega-3 são grandes aliados na redução do LDL e no aumento do HDL, o ‘colesterol bom”, orienta o médico.

Além da alimentação, a prática regular de atividade física também é indispensável. Caminhadas, ciclismo, natação ou dança, somando pelo menos 150 minutos semanais, ajudam a melhorar o perfil lipídico e promovem bem-estar físico e mental. “Mesmo pequenas perdas de peso já impactam positivamente os níveis de colesterol”, ressalta Dr. Rodrigo.

Foto: Divulgação.

Quando o problema está nos genes

Após meses de mudanças no estilo de vida, José se frustra com os novos exames: o colesterol permanece alto. O médico então investiga uma possível causa genética — a hipercolesterolemia familiar, condição hereditária que afeta a capacidade do organismo de metabolizar o colesterol. “Nesses casos, os níveis de LDL permanecem elevados mesmo com dieta e exercícios. A genética pode ter um papel determinante”, alerta o especialista.

Testes genéticos podem confirmar a presença dessa predisposição e ajudar a definir a melhor estratégia de tratamento. “A medicina personalizada é uma aliada poderosa. Saber o que está por trás dos resultados permite intervenções mais assertivas”, acrescenta.

Estatinas, inovações e acompanhamento médico

Quando as mudanças de estilo de vida não são suficientes, medicamentos como as estatinas entram em cena. Ainda alvo de desinformação, as estatinas seguem sendo o tratamento mais prescrito para reduzir a produção de colesterol no fígado. Em casos mais desafiadores, alternativas como o ácido bempedoico

(ainda não disponível no Brasil) e os inibidores de PCSK9 surgem como soluções inovadoras, principalmente para quem possui mutações genéticas ou não tolera os tratamentos tradicionais.

“O controle do colesterol exige um olhar contínuo. A combinação entre hábitos saudáveis e acompanhamento médico garante que os riscos cardiovasculares sejam reduzidos de forma significativa e sustentável”, finaliza Dr. Rodrigo.

Com informação e apoio adequado, manter o colesterol sob controle é uma meta possível — e essencial para garantir mais saúde, longevidade e qualidade de vida.

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