Durante as buscas pelo PM Luca Romano Angerami, de 21 anos, que está desaparecido desde o dia 14 de abril, policiais militares ambientais localizaram mais duas ossadas nesta quinta-feira (2).
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Técnico-Científica foram acionados para auxiliar na ação. Os corpos foram localizados na Vila Baiana, na cidade de Guarujá, onde outros sete cadáveres já foram localizados.
A Equipe do TH+ solicitou mais detalhes à SSP (Secretaria de Segurança Pública) na manhã desta sexta-feira (3), mas a informação é de que o boletim de ocorrência ainda não foi finalizado, e mais detalhes poderão ser divulgados em breve.
O desaparecimento do soldado segue em investigação pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar. Houve incremento do efetivo na região para reforçar o policiamento e a segurança, além de auxiliar nas buscas pelo soldado.
Luca Romano Angerami
Luca é morador de Santos, litoral paulista, mas estava atuando no 3º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) em São Paulo. Ele foi admitido na PM em 16 de dezembro de 2022.
O soldado é quadrigêmeo, e tem outros policiais na família, como é o caso de seu irmão, Luigi Romano Angerami, também policial militar, e seu pai, Renzo Borges Angerami, investigador da Polícia Civil.
Na última quarta-feira (1), o genitor do desaparecido foi às redes sociais fazer apelo às ‘pessoas de bem’. Em seu discurso, ele diz “fazem 17 dias que eu estou morrendo por dentro”.
Esta não foi a primeira vez que o pai publicou um vídeo. Da primeira vez, porém, seu apelo foi para os criminosos que participaram do desaparecimento de Luca. Renzo diz que só quer o corpo para poder chorar por seu filho, e enfatizou: “Vocês também são pais”.
Relembre o caso
Luca foi visto a última vez em uma adega, na comunidade Vila Santo Antônio, em Guarujá, litoral paulista, na madrugada do dia 14 de abril. Em novas imagens divulgadas, o soldado é filmado, por volta de 6h40 do mesmo dia, entrando a pé em uma ‘biqueira’, na mesma região do estabelecimento que frequentava, e após este momento, não se tem mais notícias de seu paradeiro. O PM estava acompanhado de um suspeito, que já foi identificado e preso.
Oito presos
Ao todo, oito suspeitos já foram identificados e presos. A primeira prisão aconteceu ainda no dia 14 de abril, onde um homem foi abordado e confessou ter participação no crime. Quatro dias depois, o segundo a ser apreendido foi Carlos Vinícius Santos da Silva, conhecido também como ‘malvadão’, que acompanhou Luca na ‘biqueira’.
A prisão de Carlos e seu relato levou a polícia à mais quatro envolvidos. Cada um teria tido um papel no desaparecimento: um teria ficado com a arma de Luca; outro teria abandonado o carro; um seria o dono da biqueira; e o último foi quem teria dirigido com o PM até a comunidade.
No dia 22 de abril, o sétimo envolvido teria se entregado espontaneamente na Divisão de Homicídios de Santos. Já o oitavo suspeito foi encontrado e preso por volta das 19h30 da última sexta-feira (26), na Avenida São Gonçalo, em Bertioga. A polícia conseguiu identifica-lo e localiza-lo após os relatos dos outros presos. Em seu depoimento, foi citado um local onde o policial teria sido levado, no Guarujá. Após se dirigirem até o endereço citado, a polícia não encontrou indícios do crime.
Ainda sobre essa última prisão, foi constatado que o suspeito tinha um mandado de prisão temporária em aberto. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia do Guarujá como captura de procurado.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), na tarde do dia 24, policiais civis da 3° Delegacia de Homicídios do Deinter 6 também localizaram um barraco na Rua Argentina, no Guarujá, onde o soldado teria sido mantido. Diligências prosseguem para esclarecer os fatos e localizar o policial.
Para que não tenha nenhuma interferência na ação da polícia e suas investigações, maiores informações não estão sendo divulgadas.
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