“Vocês também são pais”: Pai de PM Luca manda recado para envolvidos no desaparecimento de seu filho; Oito suspeitos já foram presos

O PM Luca Romano Angerami, de 21 anos, está desaparecido desde o dia 14 de abril. Ele estava em uma adega com um casal de amigos no bairro Vila Santo Antônio, na cidade de Guarujá, litoral paulista. A polícia encontrou imagens do soldado entrando a pé em uma ‘biqueira’ da região posteriormente, o suspeito que o acompanhava já foi identificado e preso.

No último final de semana, o pai de Luca, Renzo Borges Angerami, que é investigador da Polícia Civil de São Paulo, publicou em suas redes sociais um vídeo fazendo um ‘apelo’ aos criminosos que estão envolvidos no desaparecimento do jovem. Ele diz que quer chorar a morte de seu filho, e pede para devolverem o corpo do soldado. Veja:

Reprodução: Redes Sociais

A polícia não interrompeu a investigação e as buscas pelo PM desde o dia em que desapareceu. Ao todo, oito suspeitos já foram identificados e presos. A primeira prisão aconteceu ainda no dia 14 de abril, onde um homem foi abordado e confessou ter participação no crime. Quatro dias depois, o segundo a ser apreendido foi Carlos Vinícius Santos da Silva, conhecido também como ‘malvadão’, que acompanhou Luca na ‘biqueira’.

A prisão de Carlos e seu relato levou a polícia à mais quatro envolvidos. Cada um teria tido um papel no desaparecimento: um teria ficado com a arma de Luca; outro teria abandonado o carro; um seria o dono da biqueira; e o último foi quem teria dirigido com o PM até a comunidade.

Na segunda-feira (22), o sétimo envolvido teria se entregado espontaneamente na Divisão de Homicídios de Santos. Já o oitavo suspeito foi encontrado e preso por volta das 19h30 da última sexta-feira (26), na Avenida São Gonçalo, em Bertioga. A polícia conseguiu identifica-lo e localiza-lo após os relatos dos outros presos. Em seu depoimento, foi citado um local onde o policial teria sido levado, no Guarujá. Após se dirigirem até o endereço citado, a polícia não encontrou indícios do crime.

Ainda sobre essa última prisão, foi constatado que o suspeito tinha um mandado de prisão temporária em aberto. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia do Guarujá como captura de procurado.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), na tarde de quarta-feira (24), policiais civis da 3°Delegacia de Homicídios do Deinter 6 também localizaram um barraco na rua Argentina, no Guarujá, onde o soldado teria sido mantido. Diligências prosseguem para esclarecer os fatos e localizar o policial.

Para que não tenha nenhuma interferência na ação da polícia e suas investigações, maiores informações não estão sendo divulgadas.

Seis corpos encontrados

Na terça-feira (16), dois dias após o desaparecimento do soldado, a Polícia Militar recebeu uma denúncia de um corpo localizado no conhecido ‘Cemitério Clandestino’ de criminosos da cidade, mas após as buscas e atuação do Corpo de Bombeiros junto à equipe de perícia, a hipótese de ser Luca, foi descartada.

Na segunda-feira (22), mais dois corpos foram encontrados. Policiais militares realizavam uma ação conjunta com a Prefeitura de Guarujá, nas buscas pelo soldado desaparecido, quando localizaram duas ossadas sem identificação, na Rua Paraguai, no bairro Vila Baiana. Este local fica a aproximadamente 5 km de distância de onde o PM foi visto pela última vez. Porém, o corpo já estava em estágio de decomposição, tal qual seria impossível ser o de Luca, devido ao número de dias que o crime teria acontecido.

Outros três corpos foram localizados na manhã de quarta-feira (24), também na Rua Paraguai. Os cadáveres já estavam em estado avançado de decomposição. A perícia foi acionada ao local dos fatos, mas nenhum deles é do soldado desaparecido.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o desaparecimento do policial segue em investigação pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar. Também houve reforço policial para reforçar a segurança na região, e auxiliar nas buscas pelo soldado. Entre as equipes empenhadas na ação, estão integrantes do Comandos e Operações Especiais (COE), que vêm utilizando robôs subaquáticos durante as ações, além de equipes da Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros.

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